terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Dia 17 - Las Vegas

Acordamos bem cedo porque o micro-ônibus da Pappillon, empresa que fechamos o helicóptero, iria nos pegar no norte do hotel às 7h30. Mania que americano tem de situar tudo assim, todas as ruas tem opção Norte e Sul, ou Leste e Oeste. Poxa, até dentro do hotel? Passando pelo Cassino as 7h20 da manhã rumo ao norte do hotel, reparamos em várias pessoas bebendo, fumando e jogando. Gente que muito provavelmente virou a noite ali e nem se tocou que já era dia, já que os cassinos não tem janelas.
Na hora marcada, o businho estava lá. Rumamos ao aeroporto pra pegar o helicóptero, e não era aquele da Strip como achávamos. O aeroporto estava a mais de meia hora de Las Vegas, na cidade de Barstow. Fora que a van ficou dando voltas, entrando e saindo dos hotéis pra pegar passageiros que também fariam algum dos vários passeios que a empresa oferece de helicóptero ou de avião, sobrevoando o Grand Canyon.
Assistimos um videozinho de como tentar sobreviver numa possível queda. Confesso que não prestei atenção. Mais uns vinte minutos de espera e entramos no helicóptero. Um brasileiro, o Lib, funcionário da empresa, foi nosso guia. Nos fones, musiquinha de fundo e a voz do cara contando sobre os lugares.

Meia hora de vôo e parada pra abastecer. E o cara avisa “vocês agora esperam lá fora enquanto abastece. Tá -4 graus lá fora, mas é rapidinho.” Quase congelamos, meu nariz quase caiu! E era umas 11h da manhã, com sol. Os -4 graus pareciam menos ainda com o vento que o helicóptero fazia e a gente não tinha casaco próprio pra temperatura tão baixa. A gente pulava, andava de um lado pro outro, se abraçava, tentando se esquentar.
Deve ter levado uns 5minutos, sei lá quanto tempo, mas pra gente pareceu uma eternidade.
De volta ao helicóptero, mais um sobrevôo pelo Grand Cannyon... que nada, quando vimos, já estávamos de volta no aeroporto. O vôo todo não levou uma hora e nos venderam como uma hora e meia. E cadê o helicóptero descendo mil metros da encosta do Grand Cannyon que também nos venderam??? Nada.

Bonito? É, bonitinho! Valeu a pena? Opiniões divididas. Pro meu pai valeu super a pena. Pra mim e pro Marquinhos, não mesmo. Inclusive o Marquinhos não se agüentou e tirou algumas coisas a limpo com o Lib, qeu nada pode fazer a respeito e garantiu que é esse o passeio oferecido, que colocou a gente num ótimo helicóptero, exclusivo, só pra nós três brasileiros. Valeu só pela experiência de voar de helicóptero, mas acabamos não achando o Grand Cannyon grande coisa. Pois é, estranho né. Uma das 7 maravilhas do mundo. Vai entender essa sensação que a gente ficou, uma mistura de ter sido enganado com dinheiro mal gasto... eu não aconselho, sinceramente, nem vôo de helicóptero, nem ir até o Grand Cannyon. Mas temos amigos que ficaram deslumbrados, extasiados com esse passeio. Será que foi diferente? Não pagarei de novo pra ver.
De volta ao hotel (eu dormi na van enquanto fazia a via sacra de devolver os passageiros e a gente ficou por último), já logo entramos no carro pra ir às compras que faltavam. Paradinha na Apple Store. Quase uma hora, sem exagero, pra ser atendida. Não se todas as Apple Store são assim, mas essa de Vegas, o sistema é o seguinte: você entra na loja e dá seu nome pra ser atendido. Todos os vendedores tem um aparelhinho na mão e quando chega sua vez, gritam seu nome. Com esse mesmo vendedor você pode tirar todas as dúvidas, fazer o pedido e pagar. O tal aparelhinho na mão dele aceita cartão de crédito também e envia a nota fiscal pro seu email. Saí de lá com meu novo Fuckintosh.

Mais uma parada para compras no Las Vegas Outlet. Esse shopping é diferente dos outros outlets que fomos, porque nele não tem as grandes marcas. São preços muito mais em conta. Compramos nossa mala extra, garimpamos promoções e ficamos até o shopping fechar as 21h!
Só um lembrete importante: os impostos em Las Vegas são de 8,1%, enquanto em LA e SF eram 8,75%. Faz bastante diferença numa compra grande! Pensa que a IOF é de 0,38%+2% pra compras no exterior no cartão de crédito, que era o nosso caso...
Bem, de volta na Strip, parada no hotel-cassino Paris. Sim, a gente tinha que aproveitar o dia ao máximo e meu pai era uma animação só que empolgava a gente também. Por ele, a gente teria conhecido todos.
O Paris é bonito mesmo, com aquela réplica da Torre Eiffel maravilhosa. Vale conhecer por dentro e por fora.

Atravessamos a rua correndo pra ver o show das fontes do hotel Bellagio. São as fontes, com luzes e música. A que assistimos não foi tão legal, mas depois de uma meia hora, teve de novo, e vimos do outro lado da rua, mas foi bem mais legal. Os shows são diferentes, vão variando, vale a pena ver mais de um. Esse hotel vale muito a pena conhecer por dentro também. Vamos entrar no ano do coelho e lá também tinha homenagem ao ano novo chinês.

Andamos até o bar da Harley Davidson, queríamos tomar uma bebidinha pra esquentar, mas estava fechado pra festa privativa da Shermann Whillians.
Andamos então até o Hotel Cassino do Planet Hollywood e entramos só pra procurar a Starbucks pra tomar algo quente. Melhor coisa que fizemos. Descobrimos outro tipo de cassino que não tem nada de careta como a maioria. Música pop tocando de fundo, em outro lounge bandinha de rock ao vivo, umas mulheres no pole dance com micro roupas.

Vários jovens, cassino lotado! Distribuição de convites grátis pra baladas. E de repente alguém naquela muvuca de gente cruza com o Marquinhos e diz “Olha quem ta aqui!!!”
Primeiro o Marquinhos ficou branco e mudo durante uns segundos. Eu estava mais atrás e demorei pra lembrar. Até que caiu a ficha do Marquinhos e veio o alívio. Era aquele grupo de brasileiros que o Marquinhos comentou em post anterior que encontramos no Six Flags! Acreditem, coisa de filme né!? Ficamos um tempão conversando com eles, trocando figurinhas da viagem, o roteiro deles era bem parecido com o nosso. Esse já era o quarto grupo de brasileiros que encontramos durante a viagem e que estavam fazendo o mesmo roteiro que a gente, não na mesma ordem de cidades e alguns que ficaram mais tempo, estenderam a viagem até Orlando.

Como a noite em Las Vegas é uma criança, fomos pro nosso hotel e como era a última noite em Vegas, resolvemos beber umas brejas e apostar na roleta. No 27 vermelho como minha mãe havia encomendado. Gastamos uns 6 dólares só pra fazer farra nos caça-niqueis. Os outros jogos tem que colocar dinheiro e ter muita manha pra apostar. Nos dados por exemplo, você mal vê que número deu e a crupiê já recolheu os dados. Resumo da história, só perdemos dinheiro, rápido. Ate a cerveja que tomamos foi a mais cara que já tomei. Uma Budweiser long neck custa USD 5,50 mais gorjeta!
Fomos dormir cansados, mas satisfeitos e prontos pra pegar estrada no dia seguinte.


TODAS AS FOTOS DO DIA NO
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